quinta-feira, julho 19, 2007

"O que ocorreu não foi acidente, foi crime"

Pessoal,

Gostaria de colocar aqui esse texto que foi publicado na Folha de hoje, e postado no blog Repórter de Crime, pelo Jorge.

O texto na minha visão é perfeito. Quem dera eu tivesse tamanha competência e clareza para escrever um texto assim. Nós, que não aguentamos mais viver sob esse estado de desmando, temos a obrigação de divulgar um texto desses a quantas pessoas forem possíveis.

Abraços.

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"O que ocorreu não foi acidente, foi crime"

FRANCISCO DAUDT
COLUNISTA DA REVISTA DA FOLHA

Gostaria imensamente de ter minha dor amenizada por uma manchete que estampasse, em letras garrafais, "GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS". O assassino não é só aquele que enfia a faca, mas o que, sabendo que o crime vai ocorrer, nada faz para impedi-lo. O que ocorreu não pode ser chamado de acidente, vamos dar o nome certo: crime.

Remeto-me ao livro de García Marquez, "Crônica de uma morte anunciada". Todos sabiam e ninguém fez nada. E não me refiro a você, leitor, que se consome em sua impotência diante deste e de tantos descalabros que vimos assistindo semanalmente. Ao ponto de a ministra se permitir ao deboche extremo do "relaxa e goza'? Será esta sua recomendação aos parentes das novas vítimas? Refiro-me às autoridades (in)competentes, inapetentes de trabalho gestor. Refiro-me ao presidente Lula, que, há quantos meses, ó Senhor, disse em uma de suas bazófias inconseqüentes que queria "data e hora para o apagão aéreo acabar", como se não dispusesse da devida autoridade para tal.

Sinto pena de não ter estado na abertura do Pan, de não ter engrossado aquelas bem merecidas vaias. Talvez o presidente não se importe tanto, afinal, quem viaja de avião não é beneficiário de sua bolsa-esmola, não faz parte do seu particular curral eleitoral cevado com o dinheiro que ele arranca de nós. Devem fazer parte das tais "elites", que é como ele escarnece da classe média que faz (apesar do governo) o país crescer.

Qual de nós escapou do medo de voar desde o desastre da Gol HÁ NOVE MESES? Qual de nós assistiu confortável o jogo de empurra, "a culpa é dos controladores'; "não, é do ministério da defesa'; "a mídia também exagera tudo'; "é do lobby das empreiteiras que só querem fazer obras inúteis e superfaturadas nos aeroportos". Qual de nós deixou de ficar perplexo com a falta de ação efetiva para que o problema se resolvesse?

Perdão, acho que a tal falta de ação geral de governo é de tamanho tão extenso e dura tanto tempo que muitos de nós a ela nos acostumamos. Sou psicanalista, e, por dever de ofício, devo escutar o que meus clientes queiram dizer.

Pois nunca pensei que fosse pronunciar no consultório uma frase que venho repetindo há algum tempo, depois de que mensalões, valeriodutos, Land-Rovers, dólares na cueca, dossiês fajutos, renans calheiros, criminalidade, insegurança pública, impunidade, pizzas e tudo isso que o leitor já sabe se despejam fétida, diária e gosmentamente sobre nossas cabeças. A tal frase: "Não quero falar desse assunto". Os pacientes me respondem com alívio, "Ufa, eu também não!' É o desabafo da impotência partilhada. "Welcome to Congo'? Talvez seja um insulto ao Congo.

Pois agora quero falar deste assunto. Deram-me a oportunidade de ser menos impotente. Sei que falo por uma enorme quantidade de brasileiros trabalhadores que sustentam essa máquina de (des)governo, muitos mais que os 90 mil do Maracanã, para expressar o nojo e a raiva que esse acúmulo de barbaridades nos provoca. O governo sairá da inação, da omissão criminosa? Alguém será preso, punido por todas essas coisas? Infelizmente, duvido. Talvez condenem a mim, por ter deixado o coração explodir. Pagarei o preço alegremente, lembrando Graciliano Ramos, que, visitado no cárcere, travou com o amigo o seguinte diálogo:

- Puxa, Graça, você, aí dentro, de novo?

- E você, o que faz aí fora? Nestes tempos, lugar de homem honesto é na cadeia.
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FRANCISCO DAUDT , 59, é psicanalista e colunista da Revista da Folha"

Precisa dizer mais alguma coisa?

Retrato de um país governado por gente que pra ser incompetente tem que melhorar muito...


O Meu Rio melhor manifesta o profundo pesar pelas mortes do acidente aéreo da última terça e lamenta mais uma vez que este país seja dirigido por pessoas tão despreparadas para cargos de tamanha importância.
Para quem, como eu, precisa viajar de avião por força do trabalho, preocupa muito saber que andar de avião no Brasil virou uma roleta russa. É rezar e entregar nas mãos de Deus para que na hora em que o cano estiver apontado pra sua cabeça, a bala não esteja na agulha...

segunda-feira, junho 11, 2007

Resposta do Deputado André Correa

Pessoal,

Há alguns posts atrás disse que havia tentado me comunicar com meus candidatos a deputado estadual (André Correa) e federal (Fernando Gabeira), dizendo que havia votado neles na última eleição e que teria uma postura de cobrança e fiscalização dos seus mandatos.

Para a minha grata surpresa, hoje recebi a resposta do deputado estadual André Correa, resposta esta aliás que me dá conforto em ver que meu voto não foi desperdiçado.

Abaixo transcrevo na íntegra a resposta do deputado. Vale a pena visitar o site que ele cita no e-mail. É realmente muito interessante, além de ser um canal de comunicação com o poder legislativo.

Abraços.

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AndreCorrea@alerj.rj.gov.br
para mim



Prezado Marcus.

Em primeiro lugar agradeço-lhe pela confiança e espero poder cumprir suas expectativas.

Sobre nossos projetos aqui na ALERJ: no mandato anterior nossas propostas focaram as áreas relativas ao desenvolvimento econômico, a ética no mandato parlamentar e no serviço público e a preservação do meio ambiente. Neste novo mandato, a formulação de leis voltadas para a ética e a transparência permanecem em pauta; estamos dando ênfase maior ao problema da segurança pública e recomceituamos as bandeiras ambiental e do desenvolvimento econômico como "Ecodesenvolvimento". Inclusive, assumimos a presidência da Comissão de Economia, Indústria e Comércio da ALERJ, onde já estamos desenvolvendo uma série de ações e formulando projetos os quais em breve você terá notícia.

Peço a você, Marcus, que visite o nosso site www.girassolrio.com.br. Ele ainda está em fase de elaboração, mas alguma coisa relativa à comissão e aos novos projetos já podem ser vistos. Ainda nessa linha, estamos iniciando o que chamamos de "Mandato em Rede" e este novo site será um de seus veículos. O Mandato em Rede tem tudo a ver com a segunda parte de sua mensagem. Temos um espaço no site o qual chamamos Megafone, destinada a discussões, sugestões e coleta de opiniões do eleitor sobre nossos projetos, os problemas da cidade e do estado e até mesmo saber como você se comportaria se fosse o deputado.

Esperamos contar com sua participação por lá e estou sempre receptivo a novas sugestões de projetos e iniciativas que estejam ao nosso alcance. Para tanto coloco à disposição o nosso gabinete.

Um abraço,
André Corrêa

sábado, junho 09, 2007

Confirmado: é turismo!

Pessoal,

Ontem confirmei uma dúvida que me assolava há algum tempo: o que a Força Nacional de Segurança tem feito desde que chegou ao Rio?

Consegui uma folga do trabalho ontem e, como rubro-negro que sou, fui conhecer a sede do Flamengo, localizada na Lagoa. À tarde, um pouco antes de começar o treino dos jogadores eis que vejo dois policiais da Força Nacional de Segurança acompanhados por um funcionário do clube. Ao chegarem perto de onde eu estava eu ouço um deles perguntar para o funcionário: 'Eu posso ir ali na arquibancada tirar umas fotos do campo?'. No que o funcionário responde: 'Claro! Lá de cima as fotos ficam bem melhores!'.

Bem, os dois ficaram lá por cerca de 20 ou 30 minutos e um deles tirou várias fotos pra levar de recordação. Pelo sotaque, nenhum dos dois era do Rio.

Está aí pessoal, desvendado um dos nossos dilemas da sociedade carioca: A FNS está contribuindo para o aumento da divulgação da maior vocação do Rio de Janeiro, o turismo.

Abraços.

quarta-feira, junho 06, 2007

Vocês estão cobrando?

Pessoal,

Quando decidi mudar minha postura em relação à política no ano passado, não sabia que iria gostar tanto dessa nova atitude. Apesar de baixar o ânimo algumas vezes, já que lutamos, lutamos e nada acontece, me sinto gratificado comigo mesmo ao ver que estou tentando fazer a minha parte, e incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo, para ter uma cidade melhor.

Dito isto, na última eleição votei no Sr. André Correa (PPS) para deputado estadual, e no Gabeira para deputado federal. Agora começou a fase da cobrança por resultados...

Há uns 3 meses atrás mandei um e-mail para o Gabeira, dizendo que havia votado nele e que cobraria resultados, monitorando a sua atuação no Congresso. Na semana passada, foi a vez do André Correa. Mandei um e-mail dizendo basicamente a mesma coisa e mais: ao dar uma vasculhada no site da ALERJ, vi que não há nenhum projeto de lei relevante de autoria do deputado, desde que ele assumiu. Portanto, disse também que estava decepcionado com a atuação dele até agora, mas que iria continuar de olho.

Ganha um doce quem advinhar o que aconteceu. Nada! Como era de se esperar, nenhum dos dois (nem seus assessores) responderam meus e-mails. Mas não tem problema não...vou mandar mais um, dois, vinte, duzentos e-mails até ser respondido.

Façam o mesmo. Esses caras precisam perceber que tem gente olhando para o que eles fazem (ou deixam de fazer).

Abraços.

segunda-feira, junho 04, 2007

Mais um susto

Pessoal,

É bastante complicado ver que a violência chega cada vez mais perto de você. Para os que já leêm esse blog há algum tempo, sabem que eu já postei a respeito de algumas experiências onde a violência chegou bem perto de mim.

Na quinta-feira da semana passada aconteceu novamente. Peguei o metrô na Carioca com destino à Central, onde pego o trem para minha casa. Por volta de 19h30, saindo da plataforma do metrô na estação Central, ao chegar no topo da escada rolante que leva da plataforma à estação do metrô, me deparei com uma multidão correndo desesperadamente na minha direção, todos apavorados. Sem saber do que se tratava, tentei descer a escada rolante com ela subindo, e cheguei a cair no final dela. Machuquei minha mão e fiquei com o braço e perna direta doloridos.

Ao chegar na outra escada rolante, que vai da estação de metrô para a estação de trem, novamente uma multidão correndo na direção contrária. Passados os sustos, consegui subir e entrar na Central.

Bem, resumindo. A polícia bateu de frente com um grupo de marginais ao lado da Central e o tiro comeu solto. A circulação dos trens ficou suspensa por quase meia hora.

Duas coisas me impressionaram: definitivamente o carioca já se acostumou a viver com isso. Logo depois dentro do trem já vindo pra casa, estava tudo normal...já nem se falava mais no assunto.

A segunda é que as pessoas dizem que está muito perigoso sair à noite (e eu concordo plenamente). Aí você deixa de sair, se torna um prisioneiro dentro da sua própria casa, e se depara com uma situação dessas voltando do trabalho! Em um local onde milhares de mães e pais de família que trabalharam o dia inteiro estão voltando pra casa exaustos!

Realmente tá difícil. Eu tenho 30 anos de idade e acho que por conta disso estou perdendo uma fase da minha vida em que poderia estar conhecendo lugares legais da minha própria cidade. Mas o estado de pânico em que vivo de uns tempos pra cá, me levam a ficar em casa à noite na grande maioria das vezes...

É isso...vamos continuar cobrando medidas pra mudar esse quadro. A boa vontade do governador pode até ser louvável, mas estão faltando ações mais contundentes. Dar um salário um pouco mais digno pros policiais poderia ser um começo. Tudo bem que não seria um aumento substancial, pois o estado está quase falido, mas algum reajuste precisa ser dado.

Abraços.

Pesquisa relâmpago

Pessoal,

Tem pesquisa nova aqui do lado direito. Na sua opinião, o que a nossa nobre Força de Nacional de Segurança tem feito desde que chegou ao Rio?

Daqui a 10 dias eu volto com a pesquisa sobre o que vocês acham dos primeiros 6 meses do governo Cabral.

Abraços e não deixem de votar!

sexta-feira, maio 25, 2007

Dúvida


Vejam se vocês conseguem me ajudar nessa.

Por acaso alguém sabe me explicar o que faz a tal Força Nacional de Segurança além de turismo? Pra mim a charge acima resume tudo...

Abraços.

Artigo - José Mariano Beltrame

Pessoal,

A seção de Opinião do Jornal O Globo de hoje publicou um artigo do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, referente à operação que está sendo feita pela polícia na Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão, operações estas que já passaram do vigésimo dia.

Na minha opinião o artigo é bastante realista e talvez sirva para confirmar uma nova postura da cúpula de segurança do Rio, no combate à criminalidade. O secretário de Segurança me parece um homem de bem e realmente preocupado em melhorar a nossa cidade. Só não pode esquecer que depois da ocupação policial, ele deve ser o responsável por cobrar do estado a ocupação social.

Acho que vale a pena a leitura.

Abraços.


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Vila Cruzeiro e a retórica da inteligência

JOSÉ MARIANO BELTRAME

A ação da polícia na Vila Cruzeiro fez recrudescer certas críticas em torno da
política de segurança pública adotada no Rio de Janeiro. Em 24 dias de operação,
16 pessoas morreram — 13 ligadas ao tráfico, dois moradores e um policial —,
além dos feridos por estilhaços e balas perdidas. Para fazermos um diagnóstico
isento é necessário encararmos a realidade sem desvios, deixarmos de lado a
tentação por números de curto prazo, o moralismo ingênuo e até mesmo as dores do
conflito.

As maiores queixas em relação ao enfrentamento — na Vila Cruzeiro e nas outras
favelas — se referem à brutalidade dos confrontos e à falta de inteligência. A
cidade do Rio de Janeiro tem hoje 759 comunidades carentes, 328 delas com
movimento do tráfico. A inteligência policial nos informa que mais da metade dos
crimes praticados desde a virada do ano — tais como roubo de veículos,
homicídios e ataque a alvos civis — foi promovida por bandidos ligados à maior
facção criminosa do estado.

As ações da Polícia Militar no Complexo do Alemão visam a desarticular a base
operacional desse grupo.

As apreensões comprovam o que já sabíamos: folhas de papel, com as despesas da
facção criminosa no mês de dezembro de 2006, incluem o planejamento e a execução
dos atentados ocorridos no final daquele mês. O material lista compra de munição
e armamento, pagamento de material de divulgação, ordens para aliados, pagamento
de propinas para resgate de cúmplices e de “mulas” para levar telefones e drogas
a presídios.

A contabilidade de fevereiro de 2007 registra o dinheiro arrecadado nas
localidades sob o seu domínio .

A postura da facção criminosa apresenta características de um planejamento
calcado em ações de guerrilha: o fechamento de vias públicas com obstáculos
estáticos (muros, trilhos) e móveis (caminhões e carros de passeio), trincheiras
e derramamento de óleo. Já foram removidas 150 toneladas de entulho de
barricadas.

Dessa forma, não muito raro, a chegada ao objetivo, pelo tempo levado para a
progressão, faz com que os alvos tenham sido esvaziados.

Sabemos que não há solução simples para o Rio, muito menos uma alternativa “mais
inteligente”. Temos ciência do risco que a população civil corre e tentamos
minimizá-lo. Mas, como gestores da segurança, nos parece inconcebível assistir
passivamente à evolução de bandos armados para a guerra, que empunham
metralhadoras antiaéreas, atiram em inocentes para proteger-se e resolvem suas
diferenças em plena luz do dia no centro da cidade — como aconteceu no Morro da
Mineira há um mês. Afinal, se estamos nesse estágio hoje, onde estaremos no
futuro? É imperioso continuar com as operações planejadas, sob pena de estarmos
compactuando com os criminosos, ao permitir que eles aumentem seu poderio,
acumulem drogas, armas e munições e saiam a qualquer momento de seus redutos
veis para fazer novas vítimas e aterrorizar a população.

Virou lugar-comum criticar a polícia por falta de inteligência nestas ações. Os
críticos confundem “inteligência”, no sentido comum do termo, com “inteligência
policial”. Usam a palavra, ou a ausência dela, para desqualificar a decisão do
confronto, explicar o número de vítimas, ou reclamar da demora de resultados.
Que fique claro: inteligência policial nada mais é do que a busca e o cruzamento
de informações precisas que possam dar origem a um plano. É saber o máximo e o
melhor sobre o inimigo, sua localização, poder de fogo, organização, modo de
agir, pontos fortes e pontos fracos. Portanto, inteligência policial não exclui
o confronto e nem sempre é sinônimo de prisões silenciosas, embora estas sejam
as operações que perseguimos, como a que vimos no Aeroporto Internacional Tom
Jobim, ou a de ontem, quando, sem dar um tiro, a polícia desbaratou um bando
envolvido em negócios de carros roubados.

Mudar o quadro do Rio exige mudanças estruturais, de longo prazo, que, devido às
inúmeras crises desde o início do ano, acabaram distantes dos holofotes. Passos
importantes já foram dados, mas isso é assunto para outra oportunidade.

JOSÉ MARIANO BELTRAME é secretário de Segurança do Rio de Janeiro.

terça-feira, maio 22, 2007

O que mudou?

Pessoal,

Estamos chegando no sexto mês do governo Sérgio Cabral e gostaria de saber a opinião de vocês sobre um ponto: para vocês, o que mudou nesses seis meses?

Não preciso esconder de ninguém que não sou simpatizante dele (nunca fui, desde os tempos de deputado, diga-se de passagem) mas eu realmente ainda estou com esperanças de que seja um governo melhor. Confesso que por muitas vezes ainda sinto um cheiro de 'mais do mesmo' no ar. Ou seja, mudaram os governantes mas não a forma de governar.

De qualquer forma, coloquei uma pesquisa aqui embaixo e gostaria de saber a opinião de vocês, caros amigos.

De resto, seguimos tentando chegar vivos em casa todos os dias e assistindo na TV o espetáculo de corrupção e desfaçatez que toma conta do nosso país. E tentando trabalhar para que isso melhore...

Abraços.

quarta-feira, abril 11, 2007

Passou perto

Pessoal,

É rapaz, realmente nós temos que agradecer a Papai do Céu todos os dias por chegarmos vivos em casa.

Está acontecendo agora uma blitz enorme da DRFA na esquina da minha rua, à procura de carros roubados. Saiu até uma matéria no Globo de hoje dizendo que eles estão com essa operação em curso.

Pois é, 10 minutos depois de eu ter descido do ônibus bem no meio da blitz o tiro comeu! Parece que um carro tentou furar o bloqueio e a polícia mandou bala! Não sei se alguém morreu ou se prenderam os caras, mas um carro da polícia saiu atrás deles.

É...realmente temos que pedir muito pra que sejamos protegidos. Em uma situação dessas, você morre e nem sabe de onde veio o tiro...

Abraços.

terça-feira, abril 10, 2007

Declaração de responsabilidade política


Pessoal,


Um dos meus sites preferidos 'A Voz do cidadão', lançou uma campanha muito interessante, já visando as eleições de 2008. Ela se chama 'Compromissos e Declaração de Responsabilidade Política'.


Coloquei o link aqui do lado direito e aconselho a todos que passem no site e se engajem na campanha. Se cada um de nós não tenta fazer a sua parte, nada vai acontecer e vamos nos juntar à grande massa dos que só reclamam e nada fazem.


Abaixo, transcrevo o que está no site. Mas não deixem de passar lá!


Abraços.


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Não basta aos cidadãos terem responsabilidade civil. Não basta às empresas terem responsabilidade social. Não basta aos governos terem responsabilidade fiscal.É preciso o compromisso de todos com a responsabilidade política, expressão de uma verdadeira cultura de cidadania.


Cabe a cada cidadão defender e fiscalizar o patrimônio público, das calçadas às praças, dos museus aos palácios, controlar os governos, os mandatos, os orçamentos, e vigiar por um estado forte e enxuto!


Neste sentido é que convidamos você, que faz parte dos 10% mais ricos e foi favorecido por uma educação que, pública ou privada, só foi possível graças ao trabalho dos 90% menos favorecidos, a se responsabilizar política e solidariamente por no mínimo mais dez cidadãos brasileiros entre seus colaboradores, familiares ou profissionais empregados, no sentido de adotar, difundir, explicar e recomendar a adoção dos preceitos básicos da responsabilidade política.

E nada muda...

Pessoal,

Fiquei afastado por uns tempos pelo motivo de sempre: trabalho. Afinal de contas, lá se vão 4 anos sem férias...

Bom, nada mudou por enquanto. Hoje completam-se 100 dias do novo governo do estado e na minha opinião continua mais do mesmo. Ok, as mudanças levam tempo para surtirem efeito, mas acho que ele não está agindo com tanto rigor no atual estado de desordem urbana que tem assolado o Rio há muitos anos, e que pra mim, é o ponto de partida para um ambiente farto para a criminalidade.

Acabei de ver o vídeo que mostra o segurança do governador cambaleando, minutos depois de ter sido baleado. A imagem é chocante. E só faz aumentar a síndrome de total pânico em que estamos vivendo. Não dá mais pra esperar, algo precisa ser feito no curtíssimo prazo. Se as Forças Armadas são a solução? Não sei. No médio e longo prazo certamente não são. Mas de agora até os próximos 6 meses / 1 ano, na ausência de uma força de polícia presente e qualificada acho que eles são extremamente necessários. E se paralelamente a isso for feito um trabalho sério, atacando os pontos que todos nós leigos já estamos cansados de saber (e que os ditos 'Especialistas' também deveriam saber), acho que daqui há uns 10, 15 anos poderemos colher os frutos.

Tenho pensado muito em arregaçar as mangas e fazer alguma coisa pela minha vizinhança. As idéias vão surgindo, mas ainda não coloquei em prática. Enquanto isso, vou reclamando pra tudo que é órgão de imprensa e pra prefeitura, sobre tudo que eu tenho visto de errado por aqui. Principalmente sobre a iluminação de uma praça aqui perto da minha casa, que está totalmente escura há muito tempo e servindo de ponto para assaltantes, prostitutas e viciados. Já tentei de tudo, mas a praça ainda tá escura. Mas não vou desistir enquanto não ver que funcionou.

Abraços.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

E nada acontece!

Pessoal,

Ter um blog é uma forma excepcional de expressar suas idéias, desabafar, dividir suas angústias e ansiedades mesmo que praticamente ninguém o leia.

Sinceramente, preciso desabafar que não aguento mais isso aqui. O Rio (quem sabe o Brasil) pra mim chegaram ao fim. Há alguns anos nós não podemos mais sair de casa, cada vez mais e mais empresas saem do Rio por conta da violência, não sabemos se vamos conseguir voltar pra casa à noite e a cada dia que passa aumentam os casos de violência. A imagem que me vem à cabeça é que eu estou em uma sala fechada, em cima de um barril, a sala está cheia de ratos que não param de se multiplicar, eu já estou de pé no barril e eles já estão subindo na minha perna.

É impressionante! Nossa polícia já está corrompida há muito tempo, nossos políticos então nem se fala. Mas a sociedade carioca também está corrompida. Andando pela rua, você vê milhares de camelôs ocupando as calçadas. Kombis, vans, ônibus, taxis e motoristas mais espertos que os outros fazem do trânsito um show de irregularidade e falta de educação. As ruas cheiram mal, são sujas, mal cuidadas.

Em relação à violência então, nem se fala. O que me deixa mais revoltado é que depois dos ataques em SP o congresso veio dar um showzinho na TV, dizendo que ia votar as leis, que ia destrancar a pauta de segurança e....NADA! E agora, depois do assassinato do João Hélio, voltou a fazer o show de novo. O que me deixa de saco cheio é esses babacas dos ditos 'especialistas' dizendo que são contra tudo o que está sendo proposto aí. Incluindo a tal da Ellen Gracie, que parece a Hebe do Judiciário.

É mole dizer que são contra. A violência raramente atinge esses caras. O que me deixa com nojo é que as sugestões são sempre genéricas, sempre 'Macro'. A culpa é da sociedade, a culpa é da falta de emprego, do abismo social que separa ricos e pobres. Tá bom amigão, e daí?!? Vai fazer o que no curto prazo?!? Concordo que tem que dar educação, emprego, e etc, mas e nos próximos 6 meses / 1 ano? Pára de falar abobrinha e AGE, porque aqui embaixo ninguém aguenta mais!

É isso...tô realmente de saco cheio disso tudo.

Abraços.

sábado, fevereiro 10, 2007

Um grande vale-tudo

Publicado ontem no blog 'No front do Rio', do Globo On.

Acho que cada um deveria fazer uma reflexão e ver se está realmente fazendo sua parte e incentivando outras pessoas a fazerem.

Abraços.

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Fazia tempo que eu não chorava. Mas aí veio João. Um amigo ofereceu-se para executar os bandidos - com a condição de que fosse em cadeia nacional. A mãe de uma amiga, conhecida por suas atitudes ponderadas, seu jeito sereno e seu discurso pacifista, quer vê-los no cemitério. De minha parte, preferia que esses facínoras passassem o resto da vida - que deve ser curta - encarcerados, apodrecendo numa prisão. Arrastar criança em carro ou queimar bebê em ônibus é de uma violência tão inominável que não dá para ser misericordioso.

Mas um país não se torna selvagem de uma hora para outra. A barbárie se constrói aos poucos. Não consigo deixar de pensar que matamos João também quando votamos em Maluf, elegemos Collor e damos habeas corpus ao juiz Lalau. Que matamos João quando permitimos que a polícia massacre jovens nas favelas, quando deixamos que motoristas de ônibus avancem o sinal ao meio-dia de uma rua movimentada, quando lamentamos "o absurdo da violência" enquanto cheiramos pó.

Que matamos João quando concedemos liberdade provisória a bandidos que não voltam para a cadeia, quando permitimos que as favelas cresçam de modo desenfreado, quando deixamos na rua Sérgio Naya, os assassinos do índio Galdino, os donos do Bateau Mouche e tantos outros indivíduos de pés descalços ou colarinhos brancos.

Em 1922, o cronista Figueiredo Pimentel - ou Edison Pereira, não sei ao certo - cunhou uma frase que se tornou célebre: “O Rio civiliza-se”, para falar de uma cidade que se modernizava. Oitenta e três anos depois, outro cronista disse: "O Rio brutaliza-se".

Escrevi isso aqui, no dia 24 de outubro de 2005, depois de ver dois pitboys caminharem com dois pitbulls num sábado à tarde, no Aterro do Flamengo. Os cães estavam sem coleira, focinheira ou enforcador, e passeavam livremente em meio a dezenas de crianças pequenas.

Agora, um ano e meio depois, o slogan deveria ser outro: "O Rio barbariza-se". Quantos de nós, no dia-a-dia, não cometemos pequenas - ou grandes - irregularidades que vão se somando para criar a sensação de um grande vale-tudo? Em meio ao pranto por João, a hora é de cobrança por menos impunidade e de um exame de consciência, para que possamos sonhar em dizer um dia: "O Rio humaniza-se".

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Barbárie

Pessoal,

Fiquei extremamente chocado com a notícia que li agora de manhã. Um menino de 6 anos foi morto depois que dois animais roubaram um carro e não deixaram a mãe soltar a criança do cinto de segurança. O menino foi arrastado por diversos bairros até que os dois abandonaram o carro com o menino já morto e ainda pendurado.

O episódio é tão chocante, tão repulsivo, que dá um sentimento de enjôo aliado ao medo e à falta de esperança e perspectiva de viver em um lugar desses.

Infelizmente eu já vinha cantando a pedra: acabou o confete da posse. Voltamos à programação normal. Os bandidos passaram por 4 (quatro!!) bairros, e não cruzaram com nenhum policiamento!!! Como é que pode?! Tudo bem, a polícia não é onipresente, mas 4 bairros!?!? E em ruas de intensa movimentação!!

Realmente...tá desanimando...tá cada vez mais difícil não concordar com quem diz que o aeroporto é o melhor caminho.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

A essa hora?

Pessoal,

Nesse exato momento em que escrevo aqui são 17h25. Estou ouvindo tiros aqui perto da minha casa há mais ou menos uns 10 minutos. Essa semana já é a terceira vez.

O que me espanta é que a normalidade continua. Cheguei agora na minha janela e as crianças continuam brincando na rua, como se já estivessem acostumadas e suas mães idem.

E aí Serginho? O que fazer?!?

Abraços.

Rio Body Count

Pessoal,

Foi criado agora no início do mês o site www.riobodycount.com.br . Esse site é inspirado em um site que conta os mortos e feridos todos os dias no Iraque (www.iraqbodycount.org). Confiram lá, é impressionante!

Já coloquei um link aqui do lado direito.

Por falar em Iraque, essa semana assisti a uma matéria na Band News, que dizia que os médicos das emergências cariocas estão se tornando especialistas mundiais em tratamento de feridos por arma de fogo de grosso calibre. Na reportagem, um médico do hospital da PMERJ que fez residência em Israel, disse que uma semana em uma emergência de um hospital do Rio equivale a um mês do hospital em Israel, que fica perto da fronteira com o Líbano, no que diz respeito a ferimentos por arma de fogo. É ou não é uma guerra declarada?

Abraços.

Nada mudou...

Pessoal,

Como eu já tinha previsto, o governo mudou mas as velhas práticas continuam. O Serginho já disse que vai contingenciar verbas da educação também, ao contrário do que havia dito no início do mês passado. O curioso é que uma matéria do jornal O Globo disse essa semana, que não houve corte para os apadrinhados políticos dele. Alguma lembrança das práticas do casal nefasto?

Por enquanto pra mim nada mudou. Só tô vendo confete. Tudo bem que o cara não vai conseguir terminar com um quadro que se arrasta há anos, em um mês, mas eu tô sentindo que ele vai demonstrar mais firmeza e essas coisas, mas por baixo do tapete nada vai mudar. Na capa do Jornal do Brasil da semana passada havia uma matéria estampada dizendo que o policiamento da Linha Vermelha, tão anunciado, havia sumido! Estava maior do que antes do plano de policiamento, mas bem menor do que o efetivo que foi alardeado.

Felizmente (ou infelizmente, não sei) eu ainda moro no Rio. Torço pra isso tudo dar certo, até porque por enquanto não tenho outra saída, e toda a minha família mora aqui. Só acho também, como já disse aqui, que tem que partir do povo. O povo carioca tem que respeitar a si mesmo e aos outros que estão a sua volta. O que vemos hoje em dia é uma completa falta de respeito em todos os lados. Do trânsito ao metrô, passando por uma ida à praia. É aquilo né, se ninguém sente uma repressão, um exemplo vindo de cima, não se sente na obrigação de respeitar nada nem ninguém...

Abraços.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Eu não quero acreditar nisso...

Pessoal,

The Devil is back! Publicado hoje no blog 'No Front do Rio' do Globo On:
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Pesadelo

Ao contrário de Martin Luther King, eu tive um pesadelo. No sonho, alguém me contava que o novo secretário estadual de Educação, Nelson Maculan, só fica seis meses no cargo.
Ex-reitor da UFRJ, ele estava à frente da Secretaria de Ensino Superior do MEC, mas queria voltar ao Rio - não sei se por motivos pessoais ou profissionais. Maculan, então, teria pedido para regressar e, daqui a seis meses, seria substituído na secretaria de Educação.


Por Rosinha.
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Sinceramente eu não posso acreditar nisso! Temos que fazer o que estiver ao nosso alcance pra divulgar essa manobra e fazer com que voltem atrás. Aqui do lado direito tem o link pra esse blog. Algumas pessoas também disseram que vai acontecer o mesmo na cúpula da segurança pública depois do Pan.

Abraços e divulguem!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Uma imagem vale mais que mil palavras...


Pessoal,


Charge retirada do blog 'Falando de Polícia' (http://falandodepolicia.blogspot.com/). Nós costumamos criticar muito o trabalho da polícia, mas a charge traduz totalmente as principais origens do problema da segurança pública.


Abraços.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Contagem regressiva

Pessoal,

Não sei se vocês acompanharam, mas o João Ximenes Braga fez uma contagem regressiva no blog dele no Globo On, acompanhando os últimos dias do casal nefasto no poder.

Ficou perfeito! Não deixem de conferir: http://oglobo.globo.com/blogs/ximenes/

Abraços!

Ano novo: novas esperanças e adeus mulambos!

Pessoal,

Neste primeiro post de '07 quero reiterar a vocês meus votos de muita saúde, paz e prosperidade durante este ano.

Bom, não poderia deixar de começar pela saída do casal nefasto do Palácio Guanabara. Vão com Deus! Sumam daqui por favor! Vão apresentar programa de rádio evangélica e vender Avon lá no Paquistão. A vida dá muitas voltas e eu tenho certeza de que, apesar de terem saído disso tudo impunes, lá na frente de alguma forma vocês vão pagar pelo que fizeram com o povo do Rio e pelos milhares de inocentes que vocês indiretamente mataram durante o (des)governo de vocês. O meu único medo é que o povo tem a memória muito curta. Periga essa gente aparecer de novo daqui a alguns anos e conseguir se eleger a alguma coisa. Por mim vocês dois não têm capacidade nem pra ser presidente de grêmio estudantil!

Com relação ao Serginho, o cara começou com uma cara de brabo, dizendo que vai pro pau com a bandidagem. A cara de cínico dele ainda me irrita muito e confesso que estou muito cético em relação ao governo que se inicia. Como ainda moro no Rio e minha família e amigos também, torço para que ele faça um bom governo. Que as declarações dele não sejam somente confete.

Uma coisa que não podemos deixar de reconhecer dele é que ele é malando, cobra criada na política. Disse o que disse da vinda das forças federais e ontem na posse disse pra, com o perdão da palavra, Rosinha, que 'o governo dele não se sente diminuído em pedir auxílio para o governo federal'. Ele sabe que o carioca tá precisando de declarações desse tipo e que fazendo isso agora, a conta política desse 'clamor por ajuda' vai pra conta do casal nefasto e não pra dele.

Lembro que vamos continuar fiscalizando. O programa de governo que ele apresentou na campanha está aqui guardado e daqui a algum tempo vamos ver o que foi feito e o que não passou de conversa fiada.

Abraços.