domingo, outubro 29, 2006

Mais do mesmo

Antes de começar quero pedir desculpas por ter ficado esse tempo todo sem atualizar o blog, mas é que realmente o trabalho tem consumido muito meu tempo, inclusive tendo que viajar...

Bom, final de mais uma eleição. Mais quatro anos de Lula e Garotinho/Sérgio Cabral. Agora à noite passei em frente a um bar que estava absurdamente cheio, tocando forró ou pagode, sei lá. Me lembrei de uma frase muito antiga, da época do império romano: 'Dê ao povo pão e circo'. Eles aprenderam a receita. Enquanto estou seriamente preocupado com os próximos 4 anos, tanto no estado quanto no país, o povo não tá nem aí e se acaba de dançar e beber cerveja.

Tenho acompanhado há alguns meses a coluna do Diogo Mainardi na Veja. Confesso que achava esse cara um tremendo mala. Usando o português bem claro, eu o achava um belo de um babaca. Só que acompanhando a sua coluna, consegui pegar o tom da sua ironia, do seu deboche. Um deboche que eu acho extremamente saudável para expressar a voz das pessoas como nós, que já estão de saco cheio. Para resumir a coluna dele desta semana, transcrevo um texto abaixo:

"Lula pode ser o seu presidente. Meu ele não é.
Meu senso de moralidade é superior ao dele.
Lula é o chefe de uma junta de golpistas. Ele que fique com seus doleiros, com seus laranjas,
com seus lobistas, com seus assessores, com
seus jornalistas, com seus mensaleiros, com
seus filhos, com seus gorilas, com seus bicheiros"


Me incluam nesse grupo aí. Lula não é o meu presidente, assim como Sérgio Cabral não é meu governador. Durmo hoje triste, pois realmente achava que o povo acordaria para mudar alguma coisa, mas não acordou. Por outro lado durmo com a consciência tranquila. Não contribuí para colocar os dois aonde estão. Só fico preocupado, pois mesmo estando com a consciência tranquila por não ter participado disso, vou sofrer as consequências como todo mundo vai.

E o que eu acho que vai acontecer? Bom, minha humilde opinião segue logo abaixo:


Lula: Conseguiu a proeza de não fazer o país crescer em um período em que praticamente o mundo inteiro cresceu. Não diminuiu os gargalos de infra-estrutura, de burocracia, aumentou a carga tributária, piorou a educação e a saúde. Melhorou a distribuição de renda com o Bolsa família, mas aboliu a contrapartida cobrada no governo do FHC, que exigia que as crianças estivessem na escola. Virou esmola, virou assitencialismo.

Acho difícil que o mundo continue crescendo no mesmo ritmo nos próximos 5 anos. O Brasil, mesmo crescendo pifiamente, conseguiu se aproveitar desse crescimento e exportou muito, aumentou suas reservas, diminuiu a exposição da dívida ao dólar. Só que os indicadores estão mostrando que a festa está acabando. E é isso que me preocupa. Se o Brasil tiver que enfrentar uma outra crise da Rússia ou da Ásia, tenho a impressão de que o governo Lula vai ficar igual a barata tonta, sem saber pra onde ir. Não acho que a equipe dele seja boa tecnicamente pra tocar o país em um rumo certo em um cenário de crise. Isso sem falar na roubalheira, loteamento das estatais e ministérios, mensalão, etc, etc, etc...

Sérgio Cabral: Cá pra nós, pior do que está é quase impossível de ficar. O governo dele já começa completamente comprometido pois é hora de pagar a conta ao Crivella, ao Vladimir, ao Eduardo Paes, ao Garotinho, ao Lula e a mais uma fila de gente que apoiou o nobre senador. Na minha opinião não vai ser melhor nem pior aos últimos oito anos. Vai ser igual. Mais do mesmo. Acho até que ele vai dar uma perfumada aqui, uma enfeitada ali, um postinho de saúde 24 horas acolá. Mas os principais problemas do estado vão continuar andando de lado ou piorando. O rombo de 2 Bi deixado pelo casal nefasto não vai ser investigado, a Cedae vai continuar sendo um cabide de empregos. Enfim, ele vai até plantar uma graminha por cima, mas quem cavar um burado de 10 centímetros...vai encontrar a mesma lama. Apesar disso tem gente por aí feliz. O cara tem apoio de uma quadrilha de deputados estaduais que está respondendo a tudo o que é tipo de processo. Esses caras devem estar rindo à toa! A boquinha continua por mais 4 anos!

É isso. Desejo sorte a todos nós nos próximos 4 anos. Vou continuar trabalhando pra tentar montar um grupo que esteja disposto a fiscalizar as contas do estado e se o programa de governo está sendo cumprido. O blog agora vai focar nisso e em um pouco de opinião sobre política. As sugestões e críticas de todos vocês, como sempre, são muito bem vindas.

Abraços.

PS1: No final de semana passado achei mais uma bala de pistola que caiu no meu quintal. Já é a terceira.

PS2: Segue abaixo a coluna do Mainardi, na íntegra.

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Diogo Mainardi

Thoreau contra o lulismo

"Lula pode ser o seu presidente. Meu ele não é. Meu senso de moralidade é superior ao dele. Lula é o chefe de uma junta de golpistas. Ele que fique com seus doleiros, com seus laranjas, com seus lobistas, com seus assessores, com seus jornalistas, com seus mensaleiros, com seus filhos, com seus gorilas, com seus bicheiros"

O Brasil é ruim. Irá piorar.

Eu sempre acreditei nisso. Acredito cada vez mais. O Brasil já era ruim antes de Lula. Com ele ficou ainda pior. Ninguém conseguiu evidenciar nossa ruindade com tanta clareza quanto ele. E ninguém deu tanta garantia de que tudo iria piorar.

O homem certo para este momento é Henry David Thoreau. Leia Thoreau. Releia Thoreau. Declame Thoreau em voz alta. É o melhor remédio para todos aqueles que foram atropelados pelo lulismo triunfante.

Thoreau era um abolicionista americano. Ele rejeitava a escravidão embora a maioria dos eleitores de seu tempo a apoiasse. Em seu principal ensaio, Sobre o Dever da Desobediência Civil, ele argumentou que há algo superior à vontade da maioria: é a moral de cada um. "Minha única obrigação é fazer em todos os momentos o que considero certo."

Mas recomendo Thoreau por outro motivo. Um motivo menor. Um motivo mais mesquinho. Recomendo-o apenas porque ele permite insultar pesadamente o eleitor mantendo uma certa pompa, um certo brilho. Thoreau disse: o eleitor é um cavalo. Ele disse também: o eleitor é um cachorro. Eu repito, citando Thoreau: o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro. Insulte o eleitor. Sem perder a pompa, sem perder o brilho.

Thoreau: Cavalo. Cachorro.

Thoreau defendeu o direito de repudiar a autoridade do governo. Eu sou o Thoreau dos pobres. O Thoreau bananeiro. Repudio a autoridade de Lula. Lula pode ser o seu presidente. Meu ele não é. Meu senso de moralidade é superior ao dele. Lula é o chefe de uma junta de golpistas. Referendá-lo significa referendar o golpismo. Cassei sua candidatura um ano e meio atrás. Unilateralmente. Ele que fique com seus doleiros, com seus laranjas, com seus lobistas, com seus assessores, com seus jornalistas, com seus mensaleiros, com seus filhos, com seus gorilas, com seus bicheiros.

A forma que Thoreau encontrou para repudiar a autoridade do governo foi simples e direta: recusou-se a pagar impostos por seis anos. Chegou a ser preso por causa disso. Só foi solto porque uma tia saldou seus débitos. A revolta fiscal é o melhor meio de protesto que há. Muito melhor do que passeata. Muito melhor do que comício. Quem gosta de muita gente aglomerada é lulista. Prefiro me reunir com meu contador em seu escritório mofado, arrumando maneiras mais eficientes para burlar o Fisco. Falta somente uma tia rica para me tirar da cadeia.

O lulismo precisa de dinheiro para funcionar. Dinheiro limpo e dinheiro sujo. Meu terceiro turno será combater a CPMF. Eu sei que é um combate pouco heróico. Mas alguém realmente esperaria gestos heróicos de mim? Abolindo a CPMF, sobrará menos dinheiro para financiar o golpismo lulista. E para comprar os eleitores.

Thoreau: Cavalo. Cachorro.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Desânimo

Pessoal,

É, tenho que confessar que ás vezes bate um desânimo terrível. Sérgio Cabral com uma vantagem enorme aqui no Rio e o Lula se descolando cada vez mais do Alckmin.

Quando o governo da Rosinha aqui no Rio chegou no auge do descaso, na época em que ela sumia e dizia que estava com estafa, e o estado ficou entregue ás traças, eu pensei: Bom, na próxima eleição com certeza esse povo vai ser expulso do Rio de uma vez por todas, por que ninguém em sã consciência aguenta mais isso.

No governo federal, na época do escândalo do mensalão eu acompanhei tudo bem de perto, pois trabalhava em um banco e todos ficavam o dia inteiro ligados nos depoimentos, pois isso poderia refletir no mercado. Pouco depois veio o escândalo do caseiro, quando caiu o Palocci e logo depois o dos sanguessugas (ou sanguesungas, como disse o Lula no debate da Band). Aí eu comigo mesmo pensei: bom, esses caras também não se elegem mais nem pra presidente de grêmio estudantil. Na próxima eleição, eles vão ter o que merecem!

Só que me esqueci de um detalhe: o povo é mantido por essas pessoas, propositalmente na ignorância, longe de qualquer possibilidade de estudar, de criar um senso crítico próprio. O povo é forçado a aceitar que tudo vai ser melhor dessa vez, depois que eles entrarem. Algumas vezes me pego meio revoltado, achando que o povo é idiota mesmo e tem mais é que sofrer. O hospital tá ruim? Dane-se! Tá com medinho da violência? Teu marido morreu de bala perdida? Azar o seu! Se colocou os mesmos caras lá de novo, é porque concorda e tá gostando de tudo o que tá aí.

Até sei que realmente há muita gente ignorante por opção, só que para a maioria ser colocado à margem não é uma escolha da grande massa de brasileiros. Eles foram criados assim por anos e anos, dando início a uma corrente de miséria e ignorância que é hereditária e que para esse tipo de governante é interessante que nunca seja quebrada.

O Jabor escreveu na coluna dele de ontem que parece que nos acostumamos com tudo o que está aí...passamos a achar que roubo, corrupção, loteamento da máquina pública, populismo, é tudo normal. Que pra fazer política, tem que meter a mão na merda, como disse o Paulo Betti.

Nós jovens também temos uma parcela enorme de culpa. Não somos mais engajados, nossos pais pouparam o nosso trabalho, comendo o pão que o diabo amassou pra demolir a ditadura. Hoje somos acomodados, não temos mais que nos preocupar com esse assunto repugnante que é a política. Só que hoje vivemos uma espécie de ditadura, silenciosa e mortal. Nosso direito de ir e vir não existe mais. Quem decide quando e a que horas você sai e volta pra casa é o bandido, não você. Grande parte do seu salário é levada em imposto, plano de saúde, seguro do carro, escola para os filhos e por aí vai...

Do que adianta esse falso oásis em que vivemos, se somos assaltados de tudo que é lado? Do que adianta isso tudo, se um cara que não consegue arrumar um emprego pra ganhar por mês o que você gasta em uma hora no shopping, coloca uma arma na cintura e leva o seu lindo carrinho? Se daqui a pouco, você vai ter que procurar emprego fora do Rio, porque todas as empresas estão saindo fora?

Temos que acordar gente, e rápido. Já disse isso aqui outras vezes: temos que ser os agentes de mudança pra melhorar o que está aí, senão não vai mudar!

Bom é isso. Foi mal pelo desabafo...

Abraços.

domingo, outubro 15, 2006

Considerações sobre o debate

Pessoal,

Acabei de assistir ao debate dos candidatos a governador na Band, e tenho as seguintes considerações:

Denise

Pontos Fracos: Pisou na bola ao afirmar que a FAETEC não é da aada do governo estadual. A Faetec - Fundação de Apoio à Escola Técnica com o objetivo de gerenciar a rede de ensino tecnológico do estado, e está vinculada à Secretaria de educação. A Denise nunca me pareceu, e continua não parecendo, uma política profissional, portanto não é preparada por assessores e etc para um debate. O fato de ficar lendo as perguntas a serem feitas pode parecer ruim para os eleitores. Perdeu várias oportunidades de apertar o Cabral contra a parede, pois a bola ficou quicando. Um exemplo: quando um dos jornalistas perguntou a ele como seria governar com uma base de deputados que o apóia, sendo que boa parte destes deputados está respondendo por uma série de processos na justiça, tendo o repórter inclusive perguntado se ele iria indicar algum destes deputados para ser seu secretário, o Cabral enrolou, enrolou e não respondeu. Ao invés de tentar associar mais uma vez o Cabral ao casal nefasto, ela poderia ter pedido simplesmente para ele responder a pergunta do jornalista. Poderia inclusive, ter citado uma reportagem de primeira página do jornal O Globo, do sábado antes do primeiro turno, onde foram publicadas as fotos de todos estes deputados estaduais, deputados estes que apóiam a candidatura dele.

Pontos Fortes: Na minha opinião justamente o fato dela não ser uma política profissional é fundamental para fazer um governo independente. No final do debate ela disse que nunca dependeu da política para sobreviver, resolveu entrar por um ideal, e por isso resolveu se candidatar ao governo do estado. Fez a associão do Cabral ao casal nefasto e tentou demonstrar o tempo todo a conivência dele com o desmando, desde 1999. Gosto da sinceridade dela. Ao invés de aparecer com um discurso pronto, ensaiado, ela me parece mais autêntica.


Cabral

Pontos Fracos: Demonstrou omissão no seu papel de presidente da Alerj, durante o governo Garotinho. Tentou ser evasivo quando foi questionado sobre o que fez como presidente da Alerj, nos casos em que deveria ter fiscalizado e questionado o governo estadual. Falou muito em ter reduzido os gastos da Alerj, mas na minha opinião esse não era o seu principal papel. Deixou diversas perguntas sem resposta, principalmente as que diziam respeito aos seus aliados na assembléia legislativa, e sobre como vai fazer um governo independente, tendo feito tantas alianças, que na sua grande maioria faziam oposição à sua candidatura, no primeiro turno. Fala em aumentar o efetivo da PM, mas está claro que temos um problema de gestão do efetivo, e não do número de policiais. A polícia tem que ser otimizada para prestar um bom serviço, do contrário serão mais e mais policiais despreparados e corruptos.


Pontos Fortes: É bem preparado pelos assessores para o debate. Estudou bem e decorou os números referentes ao estado. Gostei da gravata dele tamm...


Concluindo, acho que deu empate. Acho que para a grande massa o Cabral deve ter ido melhor, como eu disse é melhor ensaiado para o debate.

Seja quem for o vencedor, este blog vai guardar o programa de governo de cada um, e ao longo dos próximos quatro anos eu proponho que uma das iias originais desse blog seja posta em prática: criar um mecanismo, uma associação de cariocas que amam o Rio, para cobrar do próximo governador a execução de cada um dos pontos previstos no programa, e a fiscalização dos gastos públicos. Precisamos levar este projeto para órgãos da sociedade civil como a Firjan e o Ministério Público, por exemplo. Por favor, quem quiser se comprometer nesta tarefa, que se prontifique. Mesmo sozinho, eu vou tentar dar um jeito de fazer isso, seja lá como for. A eleição vai terminar, o próximo governador vai ser eleito, e serão mais quatro anos de nossas vidas que precisam ser melhores do que são hoje, no que se refere à viver no Rio de Janeiro.

Decepção

Pessoal,

Ao abrir ontem o jornal tive uma imensa decepção com um político que eu sinceramente considerava como um expoente no futuro político do Rio: Eduardo Paes.

Li que ele resolveu apoiar o Sérgio Cabral e com isso abriu um racha no PSDB fluminense. Se como dizem 'política é assim mesmo', ou seja, se hoje o cara que tá batendo no dia seguinte tá dando juras de amor, eu sinceramente tô fora. Não acho que é ser radical demais, cobrar um pouquinho só de coerência desses caras. Se o que está se desenhando acontecer, e o Sérgio Cabral ganhar a eleição pra poder continuar com mais quatro anos de desgoverno e desmando, esses caras como o Eduardo, o Crivella e o Vladimir já terão sua mamata garantida, quer dizer, pelo menos garantem mais quatro anos mamando nas tetas do estado.

A tecnologia e a internet nos proporcionam coisas fantásticas. Uma delas é a possibilidade de registrar em um blog tudo o que está acontecendo no cenário político aqui do Rio, pra lembrar daqui a quatro anos. O Eduardo Paes, pra mim pelo menos, acabou.

Abraços.

terça-feira, outubro 10, 2006

Frase

Li uma frase hoje em um blog, que refere-se ao governo federal, mas que pode ser usada perfeitamente para a eleição para governador aqui do Rio:

"Ao votarem pela segunda vez no maior farsante de toda a história política brasileira, passam da condiçăo de eleitores a de cúmplices, conscientes da lamentável desagregaçăo ética e moral que assola o país..."

Carlos Vereza, ator, em entrevista para o Jornal O Globo.

Perfeita! Não é preciso dizer mais nada. Aqui no governo do Rio não se vai votar no farsante propriamente dito, mas no seu bando...

Abraços.

domingo, outubro 08, 2006

Opiniões sobre o debate

Pessoal,

Acabei de assistir ao debate entre o Lula e o Alckmin feito pela Band.

Ainda estou meio ressabiado com o Alckmin, decidindo se voto nele ou não no segundo turno, depois da foto com o casal nefasto.

Apesar disso, na minha opinião o Alckmin engoliu o Lula no debate. Colocou o cara no bolso. Me pareceu muito mais preparado, mais firme e mais seguro. Cobrou explicações sobre os escândalos do governo do PT e também discutiu propostas para o país. O Lula ás vezes me dá a impressão de que vive em uma realidade paralela, num mundinho só dele. Algumas das coisas que ele disse lá devem ser de outro país, do Brasil é que não são.

E vocês? O que acharam?

Abraços.

sábado, outubro 07, 2006

Preocupação...

Pessoal,

Tô bastante preocupado. Acho que teremos mais quatro (quem sabe oito) anos de Garotinho e sua quadrilha aqui no Rio. Não sei porque, mas por algum motivo tô sentindo que a campanha da Denise Frossard se perdeu. Li agora de manhã que parece que ela não vai aceitar ir ao debate na Band, pois de acordo com a Lei eleitoral ainda não é permitido. Acho que ela vai pisar na bola bisonhamente se não for. Seja em qual época for, ela parece não ter rabo preso com ninguém, então não tem porque temer o debate...

Bom...desejo sorte a todos nós do Rio nos próximos 4 anos. Que todos nós possamos chegar ao final desse período ser sermos assaltados por bandidos ou policiais, sem precisarmos de um hospital público, sem ficar no meio de um tiroteio. Enfim, quem viver verá. E que volte a campanha da desfusão do estado da Guanabara! Não podemos continuar pagando o preço dos votos comprados da população do interior do estado! Desfusão já!

Precisamos retomar a nossa idéia original desse espaço, que era criar um mecanismo de ação de cidadania. Continuo aceitando as sugestões de todos ok.

Abraços.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Discurso coerente

Pessoal,

Conforme eu havia dito no primeiro post de ontem, esperava da Denise Frossard coerência da prática com seu discurso de ética e oposição à dinastia Garotinho.

Leio hoje no jornal que ela declarou que vai votar nulo para presidente, depois que o Alckmin posou para fotos com o apoio do Garotinho.

Sinceramente, mesmo que ela não ganhe a eleição a minha admiração ela acabou de conquistar de vez por todas. Eu já estava pensando em fazer o mesmo, e agora não me resta dúvida nenhuma. Acabo de anular meu voto para presidente no segundo turno.

Abraços.

terça-feira, outubro 03, 2006

Breaking News

'Garotinho anuncia apoio a Alckmin como primeiro gesto do PMDB'

Por favor...parem que eu quero descer. Acho que terei que anular meu voto para presidente...

Abraços.

E o segundo turno vem aí...

Pessoal,

Terminou o primeiro turno das eleições e para a minha grata surpresa teremos segundo turno também para presidente. Acho que ia ser um total absurdo o Lula ser reeleito de cara no primeiro turno, diante de tanta calamidade vinda do governo dele. No mínimo o segundo turno dá mais uma chance do Brasil conhecer o Alckmin, pra tentar tirar de vez esses caras que só querem se perpetuar no poder.

Com relação à eleição para o governo estadual o segundo turno já era esperado, deu Serginho contra Denise. E hoje leio nos jornais que o loteamento político do estado já começou: o Lula, que no primeiro turno falou poucas e boas pro Serginho, disse que teria o maior prazer em subir no palanque com ele. O Serginho, disse que vai apoiar o Lula pra presidente. O Crivella, que no primeiro turno disse haver uma aliança com o candidato que fosse para o segundo turno, para apoiá-lo contra a permanência da dinastia Garotinho no estado, já está indo pro lado de lá, e já há um boato de que foi oferecida a ele a secretaria de educação.

Votei na Denise Frossard e espero de coração que ela não se venda, que permaneça com o seu ideal proclamado no primeiro turno: a de fazer uma frente que proponha a ruptura com o modelo de governo da dinastia Garotinho e seu atual representante, o Serginho. Mesmo que isso represente um 'enfraquecimento político' dela no segundo turno, eu estou atrás de pessoas coerentes, éticas e que tenham um propósito, que seja governar para a população do estado, e não lotear o governo com aliados políticos.

Mas o que vem do lado de lá pra mim não é surpresa. Um candidato que, no dia seguinte da passagem para o segundo turno, comemora o resultado junto com Jorge Picciani, Pedro Melo, Domingos Brazão e etc, não precisa mais mostrar pra ninguém ao que veio...todos esses caras estavam na primeira página do Globo de sábado, em uma lista com foto, pois estão sendo processados, a maioria por crimes de lavagem de dinheiro...

Abraços.